Neste artigo escrito por Paulo Mielmiczuk, vamos mostrar cinco startups brasileiras que estão conquistando o mercado internacional.
O Brasil é um país muito rico e, apesar de todas as adversidades, nunca abandona seu imenso potencial de empreender. E, a prova disso, são as startups brasileiras que saltaram de 4.100 para 12.700 em quatro anos – 2015 a 2019 – e em dezembro de 2021 já contava com cerca de 14.065 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Ou seja, mesmo com o momento pandêmico que estamos passando, o número de empresas nessa modalidade simplesmente cresceu no país.
Segundo a revista Exame, 41% das startups são SaaS (Software como Serviço), o que parece ser um ponto cada vez mais presente, já que as tecnologias digitais vêm gradativamente sendo introduzidas em nossas vidas. Com isso, trazendo diversos benefícios como conforto, praticidade e preços mais atrativos para o consumidor.
Vale ressaltar que, desde 2016, o mercado internacional de startups recebe inúmeros incentivos, apresentando, hoje, por exemplo, 800% mais “unicórnios” (número referente a startups com mais de US$100 bilhões em fundos), segundo o Wall Street Journal. E, é nesse contexto efervescente, que startups brasileiras decidiram que era o momento ideal para expandir internacionalmente.
Agora, vamos as startaps brasileiras que estão se destacando no exterior
GYMPASS
Famoso player do mercado de healthtech (startups voltadas para a solução de problemas relacionados à saúde e bem-estar), o Gympass encontrou uma brecha na famosa lógica do “pago a academia, mas não vou”. Assim, a empresa passou a vender passes diários de treinos em parceria com outras empresas, oferecendo aos colaboradores de suas parceiras oportunidades de vidas menos sedentárias e muito mais saudáveis.
Segundo o fundador do Gympass, João Thayro, em entrevista ao blog Distrito, a internacionalização de seus produtos tiveram sucesso por levar em conta “a dificuldade de execução” e “a capacidade de atrair e reter talentos”, além do contexto dos países que adentrou, como língua e cultura.
FAZENDA FUTURO (FUTURE FARM)
Marcos Leta já havia se destacado quando conseguiu vender sua marca DoBem para a Ambev por R$89 milhões. Porém, explorando o crescente mercado em busca de alternativas à proteína animal como forma de preservação ambiental, agora tem ainda mais sucesso com sua produtora de carne vegetal, a Fazenda Futuro, da qual é CEO. Só para ter uma ideia do sucesso, em 2020, a startup arrecadou cerca de R$110 milhões, sendo com isso, avaliada em R$725 milhões. E, em 2021, em uma rodada série C, arrecadou cerca de R$300 milhões, sendo avaliada em aproximados R$2,2 bilhões.
MANYCONTENT
É evidente o entusiasmo do mercado global de tecnologia para os brasileiros. Nesse contexto, diversas startups surgem com propostas interessantíssimas e com a ousadia típica dos maiores e melhores cases de que se tem notícia.
A Manycontent é destaque no setor como uma plataforma de inteligência artificial para criar conteúdos em textos e imagens para as principais redes sociais. A empresa criou uma solução para que criadores de conteúdo e empresas possam facilitar o processo de criação. Nesse sentido, através da inteligência artificial, os criadores de conteúdos podem criar postagens únicas e exclusivas. Dessa forma, a tecnologia também garante que os conteúdos criados tenham potencial de engajamento.
Nessa relação “ManyContent x Consumidor”, o diálogo está em toda a criação, com possibilidades de aprovação, negação e até mesmo edição de conteúdos. Além disso, o usuário também tem acesso a materiais de treinamento para melhorar a experiência e desenvolver habilidades no marketing digital.
A startup alcançou 5 mil usuários neste ano e atingiu a marca de 700 mil conteúdos criados através da plataforma desde o lançamento da empresa no início do ano passado. Fora o Brasil, a Manycontent também está disponível no exterior em inglês com as mesmas funcionalidades que a versão em português. Atualmente, a empresa está investindo em um plano de expansão internacional e está prestes a se estabelecer em outros mercados.
ZEE.DOG
A Zee.Dog é uma marca focada em moda pet, com acessórios presentes em diversos estados brasileiros e, também, em mais de 20 países. Foi a partir de experiências pessoais, que os CEOs da startup decidiram por empreender seu próprio negócio, quando perceberam as lacunas no mercado. Assim, aliando excelentes designs criados por estilistas especializados e renomados à comodidade com a rapidez de entrega, a startup introduziu um novo estilo de vida a seus consumidores. Além disso, as entregas são gratuitas – um diferencial nesse segmento.
iFOOD
O iFOOD é o maior nome da foodtech brasileira e líder em deliveries desse segmento por toda a América Latina. Hoje, a marca realiza mais de 4 milhões de entregas mensalmente, com milhares de restaurantes e consumidores cadastrados. Atualmente, a startup tem como parceiras importantes players do setor tecnológico de aplicativos de delivery, como a Movile e a Just Eat. No entanto, esse case de sucesso só foi possível com a aquisição de diversas empresas do mesmo segmento. E, no Brasil, as foodtechs já haviam conquistado cerca de 80% do mercado, ampliando assim, o alcance da empresa e o arsenal para enfrentar a acirrada competição com potenciais concorrentes.